Nestes dias de festas e pós-festas tudo se enche de propaganda a bugigangas transacionáveis em lojas físicas e online. Nuns casos para satisfazer a necessidade de agradar a familiares e amigos no dia da festa de anos do menino Jesus, noutros para comprar em promoção e poupar uns trocados. No mundo digital, a Google domina o mundo da propaganda, assemelhando-se a um daqueles impérios clássicos. A Propublica [en] investigou esse mundo e descobriu o que está para além das bugigangas. Devia haver uma espécie de Borda D’água destas tramóias para explicar ao grande exército de analfabetos digitais como se lavra essa terra movediça onde se movem de olhos tapados.
Mas nem só de propaganda se vive nesta época. É sobretudo uma época de anseios, promessas e desejos de mudança. Por norma, mudanças pequenas, porque ninguém quer grandes mudanças como a desta família, retratada na Texas Highways [en], que deixou o Texas onde viveu durante duzentos anos e várias gerações. Mudar sim, mas pouco, para não se ter muito trabalho.
Num país tão grande como os Estados Unidos da América, mudar de um estado para o outro pode ser uma grande mudança. Algo bastante diferente das pequenas mudanças da moda, dos saltitões digitais que estão sempre a mudar. Na Madeira há quem tente que estes nómadas se fixem por lá durante uns tempos e tem uma espécie de cidade preparada para eles, como se conta na Wired [en].
As mudanças para o novo ano, estão quase todas previstas e o que se espera é um agravamento das várias acções em curso. Liguem a televisão num daqueles canais de notícias e deixem estar ligada o dia todo que eles explicam o que vai acontecer a nível económico e político que é só o que lhes importa, deixando passar ao lado a grande crise da natureza, também em curso, que está a pôr em causa a sobrevivência de um milhão de espécies. Uma leitura animadora para a entrada do ano na Reuters [en].
O mundo até pode estar para acabar, mas há cientistas a trabalhar no “elixir da eterna juventude” como se conta na National Geographic [en]. Se o inventarem, não será sopa para chegar à boca de gente comum. Pode ser que o dêem aos santos padres, aos melhores jogadores de bola ou às criadoras de moda, porque afinal é só essa gente que interessa, não é?