Há um ditado muito antigo que diz: “quem constrói cidades em cima de rios, arrisca-se a ir com a enxurrada”. Na verdade, não existe ditado nenhum, mas os outros também não existiam até alguém os inventar. E esta coisa das invenções só ganha força quando se passa de boca em boca.
Esta entrada não tem nada a ver com a enxurrada do Porto em particular, porque não foi assim nada do outro mundo. Foi só água, terra e gravilha. Pior seria se fosse uma enxurrada de merda.
Não é só cá que isto acontece, porque há “engenheiros” em todo o lado e o senhor engenheiro, somo se sabe, só serve para fazer borrada. Pior do que haver casas, lojas e cafés onde entra água é haver gente que não tem casa nem dinheiro para ir à loja ou ao café. Cá e lá na América onde parece tudo perfeito. Uma história de três partes sobre gente sem casa na Capital & Main [en].
Também há hospitais onde a chuva cai como se fosse na rua. Chuva real, nem sequer estou a falar da chuva de trabalho de quem lá trabalha. Algo que também não é exclusivo do Serviço Nacional de Saúde. O inglês também não está muito saudável como relata o The Guardian [en].
Como no meio de tanta água e lama também rolaram pedras. Lembrei-me da Rolling Stone [en], fui espreitar e encontrei um bom artigo sobre a guerra da Bósnia, para desenjoar da outra dos telejornais.
Por fim, e para não ser só água, um bocadinho dos ventos futuros que aí vêm, pela imaginação do Vargas Llosa; um exclusivo da Letras Libres [es].