No Jornalismo, assim com letra grande, o que importa não é a temática, é a forma como se escreve. Não é preciso irem para a Ucrânia para serem bons jornalistas. Se escrevem ou falam sobre o mesmo que todos os outros, são cópias, de cópias, de cópias. Prefiro ler sobre máquinas de venda automática no The Guardian [en] do que qualquer merda que escrevam sobre guerra ou sobre padres. Até artigos sobre cagar como este da Eater [en] têm mais interesse do que qualquer um sobre explosões ou aquilo que comem ao Domingo.
Cada vez mais me tenho interessado sobre artigos sobre a natureza e a vida selvagem, mas em muitos dos que leio o autor mistura sentimentos e aquilo que conhece da sua vidinha de humano com aquilo que é a natureza, sem as nossas regras e leis patéticas e perde-se. Este gajo da Aeon [en] concorda comigo. Ainda temos muito a aprender. O progresso está no retrocesso.
É sempre engraçado o processo de saltar de artigo em artigo e as coisas aparecem não sei muito bem como e ligam-se. Na The Walrus [en] aborda-se a questão de como a poesia pode mudar a nossa relação com a natureza e o nosso impacto nela. Infelizmente, vivemos na era da estupidez como lhe chama a The Atlantic [en] ou o processo de grunhização em curso, como gosto de lhe chamar.
É algo que não distingue ricos de pobres, nem intelectuais de quase analfabetos. Vivem todos no mesmo estábulo e comem todos da mesma manjedoura. Se não é a guerra, é o gajo que quer comprar o Twitter ou aquilo da França. Temáticas muito importantes que não cabem aqui.